quinta-feira, 3 de novembro de 2011

             O Movimento Zapatista no   México, uma pequena introdução.


                  




       Este movimento é uma ação popular que nasceu no Estado de Chiapas, no sul do México, tornando-se uma representação da Revolução Mexicana de 1910, que teve como um de seus proeminentes líderes Emiliano Zapata.
          Em 1983, o movimento passou por uma reconstrução, um grupo de homens e mulheres chega à região de Chiapas para ensinar jovens indígenas a combater o exército mexicano, surgindo assim o Exercito Zapatista de Libertação Nacional. Nasce com esse nome através de uma homenagem a Emiliano Zapata (1879-1919), revolucionário que lutou pela reforma agrária no país no final do século XIX.
           Os Zapatistas ganharam fama internacional apenas a partir de 1º de Janeiro de 1994, ano em que o país aderiu ao  NAFTA (Tratado de Livre Comércio da América do Norte). Percebe-se que o México adota um modelo de progresso e desenvolvimento econômico ao lado dos Estados Unidos e do Canadá. As primeiras ações foram iniciadas com a ocupação das prefeituras de várias cidades da região de Chiapas, cujo objetivo era chamar atenção para suas reivindicações: combater a corrupção na política local, o neoliberalismo e reconhecer as etnias indígenas nas esferas de direitos políticos, culturais e sociais.
            O movimento zapatista tem uma postura de oposição às medidas neoliberais, pois com a implantação do Neoliberalismo a economia foi liberada, alta taxa desemprego, concentração de dinheiro nas mãos dos ricos e privatização de bens públicos. Os neozapatistas; como são chamados hoje; não ficam apenas na luta pela etnia, mas propõe e questiona o poder instituído. Após esse reaparecimento do movimento, o país ficou dividido em dois lados: Governo do México e Zapatistas.
           O que se torna interessante é analisar que no século XVIII, o liberalismo nasce com a doutrina do “Laissez-faire” (deixar-fazer) que torna dominante na Inglaterra e Estados Unidos, além de alguns países europeus. No século XX o liberalismo ganha contornos no chamado neoliberalismo, onde o Estado tem como função não intervir na economia, sobrepondo ao social com o plano político e econômico, fazendo com que as privatizações ganhem força e repercussão.    
             O Neoliberalismo tem como discurso e visão uma organização social única para a estabilidade e o crescimento econômico dos países latino-americanos, mas quando essas ideias são postas sob análise, revelam-se incapazes de proporcionar, em alguns casos, essa estabilidade nas taxas de crescimento e redução da pobreza, mas o que essa politica econômica colaborou foi com a maior concentração de renda na América Latina.
           No governo neoliberal o papel que foi de maior crescimento e perceptível foi o nascimento das ONG’s (Organizações Não-Governamentais) que passaram a prestar serviços, que ora era função do Estado, ao fazer inúmeros tipos de serviço social, distribuição de alimentos, roupas, o reconhecimento cultural de outros grupos excluídos, como negros e homossexuais.
             As políticas neoliberais trouxeram e continuam trazendo implicações sociais graves como o aumento do desemprego, a falta de incentivo à pequena e média empresa, miséria e violência. Com isso, há sinais de resistência, como os movimentos indígenas com forte organização e grande capacidade de ação, resistem às políticas do Neoliberalismo e toma uma iniciativa contra os governos.
            Assim, o EZLN se consolida com a perspectiva de continuar a sua luta em prol dos cidadãos mexicanos, pois não são só os indígenas que passam por dificuldade, mas sim todas as pessoas que estão relacionadas com a classe baixa, com um olhar atento e representacional no passado indígena, assim buscando desenvolver e divulgar essa cultura e os costumes para que não percam suas raízes. Portanto percebe-se que o movimento luta por vários ideais para constituir uma sociedade sem desigualdade social, em relação aos indígenas, ao procurar propor um novo modelo de Estado e configuração social para o povo mexicano.
                        É através das palavras que eu me inspiro, me emociono, me descubro, me expresso...Eu escrevo para que a razão dê espaço à imaginação...
                        Escrevo quando os sentimentos estão mais aflorados, assim o coração fala mais alto, as palavras são escritas para dar sentido ao momento do qual estou vivendo. O pensamento é lapido, cristalizado e eternizado nessas linhas. É a hora em que me transbordo em emoções expressando nas palavras os meus sentimentos, pois é onde posso dizer tudo aquilo que penso e sinto sem ser interrompida, é como um desabafo pessoal, é a forma de aliviar um pouco da dor que persisti em ficar no meu coração, que invade minha alma, meus pensamentos...